Desde a reabertura do comércio durante a pandemia do novo coronavírus, moradores da capital federal discutem o retorno das atividades na área de lazer dos condomínios. Quem é contra ao retorno preocupa-se com a propagação da covid-19. Já outros moradores acreditam que a reabertura dos espaços facilitaria a realização de exercícios físicos e de atividades de lazer. Síndico fica no meio de moradores que querem voltar à vida normal e dos que mantêm as restrições.
Comércio reaberto, shoppings com horário estendido, calçadões lotados. Apesar de o número de infectados pelo novo coronavírus ainda ser alto, as prefeituras estão flexibilizando as reaberturas. Nos condomínios, algumas áreas de lazer começam a ser liberadas, muitas vezes por pressão dos moradores.
SEGUNDO O GDF, CABE AOS SÍNDICOS A LIBERAÇÃO PARA QUE OS CONDÔMINOS UTILIZEM AS ÁREAS COMUNS
Já para o presidente do Conselho de Segurança de Águas Claras (Conseg), Hoto Barros, o retorno deve ser gradativo e controlado. “É necessário abrir com bastante cautela. Cada condomínio tem uma realidade e é necessário encontrar uma alternativa para cada um”, disse.
A decisão, segundo o Governo do Distrito Federal, cabe aos representantes dos condomínios. Em nota, o GDF explicou que não interfere em decisões internas dos condomínios “cujas regras de funcionamento estão sujeitas à convenção e a decisões de assembleias de moradores”.
De acordo com o presidente da Associação dos Síndicos de Condomínios Comerciais e Residenciais do Distrito Federal (Assosíndicos-DF), Emerson Tormann, a recomendação é de que os síndicos façam uma assembleia para tomar as decisões com os moradores.
“Deve ser uma decisão da maioria, até para resguardar os síndicos da responsabilidade, caso haja a infecção de algum morador pelo novo coronavírus”, disse.
O representante também apontou para, caso algum condomínio opte pela reabertura das áreas de lazer, a necessidade da adoção das medidas de segurança. “O síndico tem que deixar claro que para esse retorno as pessoas devem respeitar as regras”, apontou.
O especialista em direito civil e do consumidor Leonardo Memória acrescentou que uma das opções é promover uma assembleia virtual para a tomada de decisão. “A melhor opção para os representantes dos condomínios é a de promover uma reunião com todos os moradores. Dá para fazer isso de forma virtual e discutir a questão”, disse.
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